quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Diversificar as exportações: Nosso maior desafio!

Aluna: Betânia Maria Lima Miranda


       O Estado de Goiás caminha a passos largos para disputar as primeiras posições no ranking da competitividade nacional. Há quatro décadas, figurávamos na penúltima colocação e, hoje, ostentamos um orgulhoso 8º lugar, com um crescimento vertiginoso a cada ano que passa. Não há como deixar de lançar esse crédito, em primeiro lugar, ao governo estadual e, em seguida, ao esforço de seus muitos parceiros, entre os quais o SEBRAE se posta.

       Se levarmos em conta apenas os últimos seis anos, esse crescimento é ainda mais representativo. Nesse período, nosso PIB saltou de R$ 17 bilhões para R$ 39 bilhões; nossa renda per capita saltou de R$ 3,5 mil para R$ 7 mil; e a produção de grãos saltou de 6 milhões para 13 milhões de toneladas anuais.

      Com relação ao mercado externo, as notícias são ainda mais animadoras. Há seis anos, o volume de exportações do Estado chegava a 327 milhões de dólares; em 2004, esse número saltou para 1,4 bilhões de dólares, um expressivo crescimento de 330% em apenas meia década.

     E, como acontece em todo o Brasil, em Goiás também presenciamos a tendência ao surgimento de cidades do interior na rota de exportações. Para se ter uma idéia, nossa capital, Goiânia, só figura na terceira posição no volume de exportações do Estado, ficando atrás de Itumbiara e Goiatuba, com destaque também para Rio Verde, Senador Canedo, Catalão, Pires do Rio e Mineiros. Não obstante esse notável crescimento, apenas uma cidade goiana, a dinâmica Itumbiara, está na lista das cem cidades que mais exportam do país, ali figurando em 68º lugar.

      Com relação à quantidade de empresas exportadoras, os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior revelam que, das 151.472 empresas goianas, apenas 170 estão exportando, o que equivale a 0,11% do total de empresas formais no Estado. Se observarmos a lista dos produtos exportados, constataremos que os complexos de soja e de carne respondem por 85% dos produtos que saem de Goiás para outros países. E, se olharmos ainda mais atentamente para essa lista, perceberemos que as micro e as pequenas empresas ainda constituem uma pequena minoria entre as empresas goianas que exportam.

      E é por isso mesmo que o 95º Encontro de Comércio Exterior, realizado em nossa capital, aconteceu em um momento tão propício. Que não se tenham dúvidas de que as micro e pequenas empresas saíram de lá fortalecidas, com mais informações acerca das políticas, das ações, das regras e da estrutura do comércio exterior, além, é claro, de conhecer os instrumentos de apoio, estímulo e financiamento ao mercado internacional.

    O Sebrae não tem absolutamente nada contra o retumbante sucesso do complexo soja-carne nas exportações goianas. Muito pelo contrário, o SEBRAE, inclusive, tem toda uma série de ações voltadas para as empresas que fazem parte dessas duas importantes cadeias produtivas, lideradas por nossa parceira, a Federação da Agricultura.

        Mas o SEBRAE também quer ver crescer a participação dos móveis, das pedras preciosas, dos calçados, das confecções, dos brinquedos, dos cosméticos, das bijuterias, do artesanato e, por que não, da nossa cultura, das nossas tradições e dos nossos valores.

          Se tivermos êxito nessa empreitada, estamos certos de que nossos futuros parceiros internacionais vão espalhar pelos quatro cantos do mundo aquilo que nós goianos já sabemos: que Goiás é bom demais!

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